segunda-feira, 18 de maio de 2009

Aspectos Físicos do Canadá Vegetação


Vegetação


TIPOS DE VEGETAÇÃO
A variedade de vegetação acontece em função das diferenças de altitude, latitude, pressão atmosférica, iluminação e atuação das massas de ar.


Florestas equatoriais– Ocorrem nas baixas latitudes, compreendendo a Amazônia, parte centro-ocidental da África e sudeste asiático. Como estão em áreas quentes e úmidas, possuem folhas largas (latifoliadas) e sempre verdes (perenes). As árvores podem ter até 60 m (castanheira). Apresentam grande variedade de espécies (floresta heterogênea). Os solos em geral são pobres. São conhecidas como autofágicas (que se alimentam de si mesmas) em função da grande quantidade de húmus proveniente das folhas, galhos e troncos.


Florestas tropicais – Em comparação às florestas equatoriais, as tropicais possuem menor diversidade de espécies vegetais, árvores de menor porte e, claro, espécies diferentes. As florestas tropicais localizam-se na faixa intertropical litorânea.


Savanas ou cerrados – Aparecem na faixa intertropical em locais onde ocorre uma estação seca (inverno), impedindo o aparecimento de florestas. São formações vegetais encontradas no centro-oeste brasileiro, larga faixa do centro da África, litoral da Índia e norte da Austrália. Têm plantas rasteiras (herbáceas), intercaladas por árvores de pequeno porte. No período de seca, as folhas caem para evitar a evaporação. No Brasil são chamadas de cerrado e na África, de savana.
Campos ou pradarias – Ocorrem nas áreas de clima temperado continental: norte dos EUA, sul do Canadá, centro-sul da Rússia, norte da China, norte da Argentina e Uruguai. A umidade é pouca para o nascimento de árvores. Por isso, formam-se gramíneas (tapete herbáceo). Recebem o nome de pampa na Argentina, de pradarias nos EUA e no Canadá e de estepe na Rússia.
Desertos – Nas áreas desérticas, como no Saara, Kalaari, Arábia, Irã, Austrália, México, Estados Unidos (na Califórnia), Peru e Chile (deserto de Atacama) não há vegetação permanente. Em alguns locais, surge uma "erva rasteira" após as chuvas. Nas regiões onde aflora o lençol freático (lençol subterrâneo de água) podem surgir oásis, com palmeiras (tamareiras).
Florestas temperadas – Encontram-se nas latitudes médias (40º a 55º) típicas do hemisfério Norte, no Canadá, nos Estados Unidos e no norte da Europa. As espécies são decíduas (perdem as folhas para enfrentar uma estação seca e fria) de grande porte. Nos solos mais ácidos aparece a lande, uma vegetação herbácea com algumas árvores.
Florestas de coníferas – Estão nas regiões de clima subpolar como o norte do Canadá, da Europa e Rússia (onde recebe o nome de taiga). Possuem pequena variedade de espécies e quase todas são de pequeno porte em função do vento. Apresentam folhas em forma de agulha (aciculifoliadas) para não acumular neve.
Tundra – Predomina no extremo norte do hemisfério Norte. Os solos são gelados e, nos poucos meses de degelo, aparecem em alguns pontos musgos e liquens: a tundra
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ALTERAÇÃO NA VEGETAÇÃO

Os agrotóxicos – fugicidas e inseticidas agrícolas – usados em grande quantidade poluem o meio ambiente, contaminam as águas e fazem a terra perder seus nutrientes. As chuvas ácidas, o desmatamento de grandes florestas e o manejo inadequado de áreas cultivadas vêm provocando rápidas e graves alterações na cobertura vegetal do planeta. A perda de matéria orgânica com as queimadas, usadas tanto para desmatar quanto para renovar áreas de lavoura, e a erosão de terrenos causam a perda de 6 a 7 milhões de hectares produtivos por ano no mundo.


DESMATAMENTO
Ao longo da história, o fogo é o principal meio utilizado pelo homem para derrubar florestas e limpar terrenos, seja para lavoura ou pastagens, seja para construção de moradias. Além do fogo, o corte de árvores para comercialização de madeira, construção de casas, de móveis e para lenha destruíram as florestas e coberturas vegetais nativas de quase todas as regiões hoje densamente povoadas em todos os continentes. O desmatamento nas nascentes e nas margens dos cursos de água e lagos provoca seu assoreamento (depósito de terra e areia no leito de rios ou fundo de lagos). Isso diminui sua profundidade e pode provocar enchentes e até mesmo sua extinção.
Última florestas – as últimas grandes reservas vegetais nativas são as florestas tropicais da América Central e do Sul, da África e da Ásia. Ao todo, cobrem 16,8 milhões de km2, cerca de 20% das terras do planeta. As florestas abrigam de 50% a 75% do total de espécies vegetais e animais existentes no mundo e cumprem um papel determinante para a manutenção da temperatura, regime de ventos e de chuvas de todo o planeta. São também as áreas que mais sofrem desmatamento: cerca de 500 km2 de florestas são derrubados diariamente – 505 na América Latina, principalmente na Amazônia. Segundo dados da FAO (Organização de Alimentação e Agricultura) , entre 1981 e 1990 são destruídos 154 milhões de hectares de florestas tropicais no mundo, o equivalente a 30% da Amazônia. A madeira alimenta um comércio mundial da ordem de US$ 6,8 bilhões anuais. Os maiores exportadores são a Malásia, com 33 milhões de m3, isso sem contar o corte clandestino e o contrabando. A África exporta 15 milhões de m anuais, e a atividade responde por 2,5% a 6% do PIB de países como o Zaíre, Tanzânia, República Centro-Americana, Camarões, Gabão e Congo.


DESERTIFTICAÇÃO
Os desertos estão crescendo no mundo inteiro a um ritmo médio de 60 mil km2 por ano. Diferentemente do Saara – resultado de mudanças climáticas ao longo de milhares de anos -, os novos desertos são provocados pela ação humana. Entre suas causas estão o abuso de agrotóxicos, a superexploração dos terrenos, o desmatamento, as queimadas e a falta de irrigação controlada – fatores que reduzem rapidamente a fertilidade da terra e aceleram a erosão. Na África a desertificação afeta diretamente 32 milhões de pessoas. Dos 22 países mais atingidos, 18 estão na lista dos mais pobres do mundo. A produção de grãos per capita reduz-se em 30% desde 1967 e, em meados da década de 80, mais de 3 milhões de pessoas morrem de fome na região subsaariana. Na Amazônia, apesar de toda sua diversidade biológica, a substituição da floresta por campos de cultura vem acelerando a erosão e, em Rondônia, já é possível observar a formação de desertos.


Deserto do Aral - O Aral, no Uzbequistão, é um mar interior que está desaparecendo rapidamente. As planícies de 68 mil km que circundam perdem metade do seu volume de água nos últimos trinta anos. O desmatamento da vegetação nativa e o uso intensivo do solo provocam um assoreamento acelerado. O desmatamento da vegetação nativa e o uso intensivo do solo provocam um assoreamento acelerado. O desvio de dois rios para a irrigação de grandes lavouras mecanizadas de algodão fazem o Aral recuar até 80 Km e partir-se em vários pedaços. A navegação interior fica impedida e praticamente acaba a pesca industrial para extração de caviar, representava 10% de toda a produção da ex-URSS. A salinidade da água multiplica-se por três e atinge terras cultiváveis. Os ventos levam a poeira salina carregada de pesticidas até 500 Km de distância, podendo criar novos desertos.

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